O governador Flávio Dino (PC do B do Maranhão) instituiu 17 de setembro, data da morte do Negro Cosme, como o dia em homenagem ao líder quilombola. Vamos solicitar ao governador Wellington Dias (PT, Piauí), que faça o mesmo. Quem foi o negro Cosme? A 15 de janeiro de 1841, Raimundo Gomes foi levado à rendição em Miritiba (Humberto de Campos - MA). O movimento da Balaiada foi considerado debelado, mas ainda resistia, bravamente, o líder quilombola Cosme Bento das Chagas, o Negro Cosme, como era conhecido nas tropas do coronel Luís Alves de Lima e Silva.
Cosme Bento das Chagas nasceu em Sobral, CE, por volta de 1800. Nasceu livre e vivia de pequenos expedientes, sabia ler e escrever. Tinha cerca de 40 anos e chamava a sua luta de “Guerra da Lei da Liberdade Republicana”. Estendia a Irmandade do Rosário a todos aqueles que apoiavam a sua luta. Como líder espiritual, era onde o negro Cosme concentrava todas as suas forças.
Foi preso a 22 de setembro de 1830, por ter assassinado Francisco Raimundo Ribeiro em Itapecuru-Mirim, sendo enviado à capital São Luís. O Negro Cosme fugiu da cadeia a1° de maio de 1833, depois de liderar um levante de presos. Ficou foragido até 1838, quando foi capturado em Codó. Neste tempo ficou escondido em vários quilombos da região de Itapecuru Mirim.
Quando a Balaiada estourou em dezembro de 1838, ele se encontrava preso na capital, não participando da insurreição até o final de 1839. Fugiu da prisão em outubro de 1839, e em novembro já se tinha notícias dele liderando os escravos nas várias fazendas às margens do Rio Itapecuru. O seu exército era formado principalmente de africanos, visto que no Maranhão tinha um grande contingente de negros naquela época. Neste período, era o terceiro estado com maior número de escravos, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, além de ultrapassar percentualmente São Paulo e Minas Gerais, regiões economicamente mais prósperas e importadoras de escravos naquela altura.
Negro Cosme organizou um grande quilombo em Lagoa Amarela, perto do Rio Preto, em Brejo (MA), e nele fundou uma escola. No final de 1839, já era conhecido como Imperador da Liberdade.
A resistência vinha sendo mantida pelo Negro Cosme e mais de 3.000 homens a seu comando. Adotando o título de Dom Cosme Bento das Chagas, Tutor e Imperador da Liberdade Bem-te-vi, ele fundou, na Fazenda Tocanguira, o maior quilombo da história do Maranhão.
Na contra resistência estava o coronel Luís Alves de Lima e Silva que, à frente de cerca de 8 000 mil homens, contava com todas as condições para a grande repressão que reuniu, ainda, lavradores, agregados, feitores e as poderosas famílias locais contra a Balaiada e as diversas formas de resistência à escravidão. O último combate entre o Negro Cosme e o coronel Luís Alves de Lima e Silva aconteceu no Calabouço – distrito do Mearim, no dia 28 de fevereiro de 1841. O negro Cosme, ferido, ainda tentou refugiar-se entre os índios. Mas, foi capturado após uma heróica resistência de todos aqueles negros. Os combates foram tão intensos e ferozes que a política oficial se viu frustrada na tentativa de poupar a vida dos escravos que seriam devolvidos/entregues aos antigos senhores.
O coronel Luís Alves de Lima e Silva, o “duque de Caxias” ou “duque de ferro”, matou mais de dez mil pessoas. Não foram poupadas as vidas de crianças, idosos e mulheres.
A captura de Negro Cosme foi comunicada ao ministro e secretário d’Estado da Guerra, que passou a informação ao Imperador.
O processo de julgamento do Negro Cosme ocorreu de março de 1841 até abril de 1842. Em 5 de abril daquele ano, foi condenado à pena de morte.
A 8 de agosto o ministro da Justiça comunicou ao presidente da província do Maranhão da sentença do Júri da Vila do Itapecuru-Mirim.
O presidente da província do Maranhão, por sua vez, comunicou, a 9 de setembro de 1842, ao juiz municipal de Itapecuru-Mirim Francisco de Serra Carneiro que o Negro Cosme partiria de São Luís, domingo, a 11 do corrente, às 9 horas da manhã, na canoa Santa Cruz. O presidente solicitou, ainda, providências para a execução do réu e que os socorros de religião fossem prestados pelo pároco ou outro eclesiástico.
A 17 de setembro de 1842, o Negro Cosme, foi enforcado em frente a cadeia pública de Itapecuru-Mirim, hoje Casa da Cultura Professor João Silveira. Sua morte transformou-se em símbolo de luta contra a escravidão. À frente dos quilombolas, lutara para pôr fim à escravidão, junto com líderes como o índio Matroá, o vaqueiro Raimundo Gomes e de Manoel Ferreira dos Anjos, o Balaio.
Assim como os búzios de 1798 em Salvador, e tantos outros, o negro Cosme foi justiçado para servir de exemplo. Porém, a insurreição escrava teve continuidade mesmo após o fim da revolta dos balaios. Também, antigos e novos núcleos de quilombos se mantiveram ou foram criados, alguns concentrando cerca de 400 a 500 quilombolas. (Arte de Carlos Araújo)
Cosme Bento das Chagas nasceu em Sobral, CE, por volta de 1800. Nasceu livre e vivia de pequenos expedientes, sabia ler e escrever. Tinha cerca de 40 anos e chamava a sua luta de “Guerra da Lei da Liberdade Republicana”. Estendia a Irmandade do Rosário a todos aqueles que apoiavam a sua luta. Como líder espiritual, era onde o negro Cosme concentrava todas as suas forças.
Foi preso a 22 de setembro de 1830, por ter assassinado Francisco Raimundo Ribeiro em Itapecuru-Mirim, sendo enviado à capital São Luís. O Negro Cosme fugiu da cadeia a1° de maio de 1833, depois de liderar um levante de presos. Ficou foragido até 1838, quando foi capturado em Codó. Neste tempo ficou escondido em vários quilombos da região de Itapecuru Mirim.
Quando a Balaiada estourou em dezembro de 1838, ele se encontrava preso na capital, não participando da insurreição até o final de 1839. Fugiu da prisão em outubro de 1839, e em novembro já se tinha notícias dele liderando os escravos nas várias fazendas às margens do Rio Itapecuru. O seu exército era formado principalmente de africanos, visto que no Maranhão tinha um grande contingente de negros naquela época. Neste período, era o terceiro estado com maior número de escravos, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, além de ultrapassar percentualmente São Paulo e Minas Gerais, regiões economicamente mais prósperas e importadoras de escravos naquela altura.
Negro Cosme organizou um grande quilombo em Lagoa Amarela, perto do Rio Preto, em Brejo (MA), e nele fundou uma escola. No final de 1839, já era conhecido como Imperador da Liberdade.
A resistência vinha sendo mantida pelo Negro Cosme e mais de 3.000 homens a seu comando. Adotando o título de Dom Cosme Bento das Chagas, Tutor e Imperador da Liberdade Bem-te-vi, ele fundou, na Fazenda Tocanguira, o maior quilombo da história do Maranhão.
Na contra resistência estava o coronel Luís Alves de Lima e Silva que, à frente de cerca de 8 000 mil homens, contava com todas as condições para a grande repressão que reuniu, ainda, lavradores, agregados, feitores e as poderosas famílias locais contra a Balaiada e as diversas formas de resistência à escravidão. O último combate entre o Negro Cosme e o coronel Luís Alves de Lima e Silva aconteceu no Calabouço – distrito do Mearim, no dia 28 de fevereiro de 1841. O negro Cosme, ferido, ainda tentou refugiar-se entre os índios. Mas, foi capturado após uma heróica resistência de todos aqueles negros. Os combates foram tão intensos e ferozes que a política oficial se viu frustrada na tentativa de poupar a vida dos escravos que seriam devolvidos/entregues aos antigos senhores.
O coronel Luís Alves de Lima e Silva, o “duque de Caxias” ou “duque de ferro”, matou mais de dez mil pessoas. Não foram poupadas as vidas de crianças, idosos e mulheres.
A captura de Negro Cosme foi comunicada ao ministro e secretário d’Estado da Guerra, que passou a informação ao Imperador.
O processo de julgamento do Negro Cosme ocorreu de março de 1841 até abril de 1842. Em 5 de abril daquele ano, foi condenado à pena de morte.
A 8 de agosto o ministro da Justiça comunicou ao presidente da província do Maranhão da sentença do Júri da Vila do Itapecuru-Mirim.
O presidente da província do Maranhão, por sua vez, comunicou, a 9 de setembro de 1842, ao juiz municipal de Itapecuru-Mirim Francisco de Serra Carneiro que o Negro Cosme partiria de São Luís, domingo, a 11 do corrente, às 9 horas da manhã, na canoa Santa Cruz. O presidente solicitou, ainda, providências para a execução do réu e que os socorros de religião fossem prestados pelo pároco ou outro eclesiástico.
A 17 de setembro de 1842, o Negro Cosme, foi enforcado em frente a cadeia pública de Itapecuru-Mirim, hoje Casa da Cultura Professor João Silveira. Sua morte transformou-se em símbolo de luta contra a escravidão. À frente dos quilombolas, lutara para pôr fim à escravidão, junto com líderes como o índio Matroá, o vaqueiro Raimundo Gomes e de Manoel Ferreira dos Anjos, o Balaio.
Assim como os búzios de 1798 em Salvador, e tantos outros, o negro Cosme foi justiçado para servir de exemplo. Porém, a insurreição escrava teve continuidade mesmo após o fim da revolta dos balaios. Também, antigos e novos núcleos de quilombos se mantiveram ou foram criados, alguns concentrando cerca de 400 a 500 quilombolas. (Arte de Carlos Araújo)
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